Carne de Sol de Jacinto
fevereiro 15, 2008
Carne de Sol de Jacinto
Carne de sol perfumada com purê de batata doce
Esta receita comi pela primeira vez na casa da minha tia Mabel, em João Pessoa. Achei o máximo porque mudou totalmente o meu conceito sobre carne de sol.
Sempre gostei da dita cuja mas quase sempre a carne de sol que se come é igual a todas as outras já comidas antes, variando só a maciez e a qualidade do preparo.
Depois dessa receita, percebi que se pode ir bem além da carne assada, ou frita, com cebola, e acompanhada de feijão verde, vinagrete e todos os etecéteras que normalmente vêm junto.
Quem preparou a receita (e criou também, acho) foi meu primo Jacinto que, a propósito, e para felicidade de todos os que gostam de comer bem, está prestes a abrir um bar, lá em Jampa (João Pessoa para os íntimos ou Parahyba para os que são Dantas como ele), em que ele promete apresentar aos que não o conhecem tudo aquilo que nós, seus familiares, já desfrutamos há muito tempo: comida boa, mas boa mesmo, daquela de você não querer parar de comer.
Já fiz algumas vezes essa receita, a última foi na temporada de final de ano em Carneiros, em 2007, é sempre um sucesso absoluto. É facílima de fazer, mas requer certa previdência porque precisa deixar a carne de molho antes pra retirar o sal.
Nunca sei direito pra quantas pessoas são essa quantidade de carne, mas acho que servem mais de cinco pessoas porque o volume aumenta um bocado com as cebolas. E ainda tem o purê de batata doce de acompanhamento.
Para a carne:
Deixar 1 kg. de carne de sol de molho, de um dia pro outro, trocando a água de vez em quando.
Colocar a carne de sol, já dessalgada, na panela de pressão por volta de 20 minutos e desfiá-la logo em seguida. Sem nenhum tempero mesmo.
Refogar 1 (uma) cebola picada, gengibre e alecrim a gosto.
Colocar a carne desfiada na panela e adicionar 1 tablete de caldo de verdura dissolvido em um copo de água morna.
Refogar e acrescentar 1 copo de vinho branco. Quando ficar seco, colocar 2 (dois) tomates sem pele e sem sementes. Colocar em um refratário, cobrir com nata, salpicar parmesão e um pouco de salsa e levar ao forno.
Para o purê:
Cozinhar a batata doce normalmente em água com sal. Descascar e amassar, acrescentando leite e manteiga, como qualquer purê.
Cozinhar em um pouco de água uns tantos cravos da índia, como se fosse um chá de cravo.
Depois que o purê está praticamente pronto, acrescentar a aguinha do cravo em quantidade suficiente pra ficar com o gosto de cravo no ponto (o ponto depende do freguês, claro).
Dicas: eu nunca consegui colocar o parmesão na carne porque fica sempre salgado o suficiente pra não aceitar mais nada salgado; quando eu falo cobrir com nata, eu quero dizer nata mesmo, daquela que aqui em Recife praticamente só vende no Mercado da Madalena, onde sempre tem fresquinha, vinda do sertão da Paraíba, no sábado, e às vezes acaba no sábado mesmo.
Muita gente não gosta muito de batata doce, então vale outro purê qualquer, mas, pra quem gosta um pouquinho que seja, vale a pena fazer de batata doce mesmo porque se harmoniza de forma perfeita com a carne perfumada pelo gengibre e alecrim.
Eu gosto de carregar no gengibre e no alecrim, por isso batizei a carne de sol de Jacinto de Perfumada.
Até a próxima!
Tati Mariz
É isto aí: PARAHYBA!
Aliás, tá a maior onda para retomada do nome em prejuízo do “JP”, inclusive com a volta da bandeira original do Estado, bem diferente da atual “NEGO”…. é um tal movimento “Paraíba, capital Parahyba!”
Sandra, neta de Antônio, filho de Crisanto e Firmina Dantas.
ps. esta carne de sol é mesmo o pipoco!!!!!!!!!!!
por nacozinha fevereiro 19, 2008 at 4:12 pmessa care de sol é uma delicia 🙂 acho q qem postou acima de mim foi sandra, portanto mais uma vez digo: assinem seus posts q facilita a vida.
por tatty fevereiro 20, 2008 at 9:07 pmbj tatty
Esta carne é realmente muuuuito boa!!!! já provei duas vezes (que me lembre) e recomendo!!
Uma vez foi na temporada de Carneiros acima citada… comi antes de todos, escondido e depois arrumei a travessa pra ninguem notar…
a outra foi na casa de Tati… mmmmmmmmmmmmmmmmmm
por Ceó Pontual fevereiro 21, 2008 at 3:59 pmMenina, mandei fazer essa receita sábado passado e ADOREI! Alexandre também (a propósito, como não tinha vinho branco peba, tive que usar um francês!! Claro que só falei para Alexandre depois dos elogios que ele fez à carne rsrsrs).É uma delícia mesmo, só não usei o parmesão, porque fiquei com medo do sal. E o purê é espetacular!
por Duina fevereiro 25, 2008 at 11:16 pmDuina
A carne do Jacinto é show, muito show! Aliás, Sandy, onde é que a gente assina pra se junta a esse movimento?
por ADRIANA fevereiro 27, 2008 at 6:26 pmAdriana
Gostei muito da sua receita, já deixa uma fome
está bem balanceada com esses ingredientes leves, acho que a substituição da batata doce per abobora, cai muito bem, voce não acha? Me escreve, vamos trcar ideias de receita, eu tenho um simples Buffet, talvez você com sua preciosidade gastronomica, precise de alguma sugestão.
Raimundo Martins
por Martins novembro 11, 2008 at 8:40 amEventu´s Buffet
Raimundo,
por tati novembro 11, 2008 at 10:27 amacho que cairá bem sim com purê de abóbora que, assim como a batata doce, tb é meio adocicada. Já ouvi gente dizer que fez purê de macaxeira e de inhame pra acompanhar e tb ficou legal mas acho que a abóbora que vc sugere fica melhor. Valeu a sugestão. Onde fica esse seu buffet? Quem sabe alguém do Nacozinha não vair visitar?
Abraços e até a próxima!
Êpa! Achei enfim a receita anunciada e, realmente, é de dar água na boca. O gengibre cortando o doce do purê e apimentando de leve a carne é de gênio… Deve ser é bommmmmmmmmm pra danado! Estou curioso para sentir a ação do alecrim na receita, e mais uma vez me convidando, claro! KKKKKKKKKKK Parabéns pela receita e agradecimento ao Blog, que é massa! Anunciei o Blog por aqui em Maceió aos apaixonados pela boa mesa e de quebra arriscar fazer algumas das receitas postadas. Bjs. Luiz Cláudio
por Luiz Cláudio dezembro 29, 2008 at 11:25 amgalera, meu primo jacinto finalmente abriu o bar, se chama SIRIBOMBÉIA e fica na av. cabo branco, depois da pousada netuanah (ou algo que o valha) e antes do sesc, ou seja, bem pro final da avenida.
por tati janeiro 21, 2009 at 8:43 amas comidas por lá são sensacionais, tem uma língua com molho de tomate que é o que há. e tem a famosa carne de sol que ele deu o nome de CARNE DE SOL À WILSON. wilson é um tio dele que adora a tal carne. aviso logo que a de lá é bem melhor do que todas as que eu já fiz. e tem algumas diferenças: ele serve o pure por baixo, de maneira que o caldo da carne se mistura à batata, o tomate deve ser posto bem no fim mesmo porque não se desmancha e é uma delícia mastigar os pedacinhos, rola uma salcinha por cima de tudo, que torna bem bonitinho o prato e ainda dá um frescorsinho a mais. ah, e a cebola é picada bem pequenininha, se derrete e com isso o sabor da carne fica muito mais evidente. eu sempre fiz com elas grandes pra quem não gosta poder tirar mas pode ser que seja melhor ralando ou cortando em pedaços minúsculos pra não dar nem pra saber que tem.
bj.
Este bar é em João Pessoa, né isto?
por sandra janeiro 21, 2009 at 9:20 amé sim sandry, fica em João Pessoa. Recomendo a visita. É agardável, simples, comida gostosa, cerveja grande e preço bom.
por paulinha janeiro 21, 2009 at 6:28 pmbeijos.
Epa!! Só no segundo dia de 2014 que eu descobri esta receita que tem a cara da Fazenda Boa Vista – Catingueira- PB, também de propriedade de um Dantas, Antônio Crisanto Dantas . Minha mãe Iraci Dantas, fazia esta carne de sol, que era desfiada no pilão e saboreada com arroz de leite.´[
Jeanne Crisanto
por jeanne d a rc crisanto janeiro 2, 2014 at 8:13 amela usava alecrim e cravo também, era? e purê de batata doce???! fiquei curiosa!
por sandra janeiro 14, 2014 at 2:42 pm